Caravela Boa Esperança
Detalhes Técnicos:
Canon EOS 10D
f/6.7 - 1/250s - ISO 100
Tipo de Imagem:
JPEG
Resolução:
1333x2000
Tirada em:
17/07/2004
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Caravela Boa Esperança na Baía de Lagos - vista de proa
Foto de: Francisco Castelo / Câmara Municipal de Lagos
A Caravela Boa Esperança é uma réplica aproximada das caravelas dos Descobrimentos (séculos XV e XVI). Construída em madeira, ostenta nas velas o símbolo da Cruz de Cristo. A Boa Esperança destina-se à formação na arte de bem velejar, participação em provas e outros eventos náuticos, e à investigação do comportamento e manobra das antigas caravelas.
Originalmente construída para a Associação Portuguesa de Treino de Vela (APORVELA), a caravela foi lançada à água a 28 de Abril de 1990. Em Junho de 2001 foi adquirida pelo Turismo do Algarve. Actualmente tem a sua amarração no rio de Lagos, à entrada da Marina.
A caravela navega com “velas triangulares”. A vela maior tem oito cabos de cada lado, e a mais pequena, quatro. Para a sua operação é necessária uma tripulação mínima de 17 pessoas. Já visitou portos do Norte da Europa e do Mediterrâneo, e recebe um programa regular de visitas escolares.
O navio tem 22 beliches, três casas de banho e uma cozinha com capacidade de congelação. Tem uma autonomia de 5 a 6 dias no mar, em termos de alimentação, combustível e água.
«A Caravela com dois mastros de pano latino, uma coberta e um pequeno castelo de popa, com um só piso afirmou-se como navio ideal para singrar em mares desconhecidos, pela facilidade com que bolinava (isto é, progredia em ziguezague contra o sentido dominante do vento), a caravela podia navegar junto à costa e entrar em embocaduras de rios: um navio adequado para a exploração marítima, portanto. Foi por isso o navio empregue nestas viagens até Bartolomeu Dias dobrar o cabo da Boa Esperança. Mas é bem provável, como aventou Jorge de Matos, que o impedimento para a continuação da última viagem de Diogo Cão (terminada em 1486 ou 1487) tenha sido precisamente a falta de autonomia da caravela, agora patente pelo alongamento das explorações marítimas. Ou seja, o navegador ter-se-ia visto constrangido a voltar para trás, face a uma costa desértica (onde não tinha a certeza de poder reabastecer-se) e sem provisões que garantissem o retorno com segurança (sobretudo água potável). Depois do regresso a Lisboa, em finais de 1488, os navegadores deram conta ao rei da sua impossibilidade de prosseguir a viagem por não terem navios fortes para enfrentar os “mares grossos” que encontraram; por isso Vasco da Gama levará naus na primeira viagem a fazer a ligação marítima com o Oriente, navios que, entre outras vantagens apresentavam uma capacidade de carga muito superior, e portanto maior autonomia nas viagens de longo curso.»
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CaravelaBoaEsperança (17)-