Núcleo Rota da Escravatura
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ILCE-7M3
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Mercado de Escravos
Foto de: Francisco Castelo / Câmara Municipal de Lagos
Aspecto do pátio do Núcleo Museológico Rota da Escravatura, inaugurado em 2005, e instalado no antigo edifício da Vedoria, edificado no século XVII, e que desempenhou também as funções de Alfândega, Casa da Guarda e Prisão Militar. Este edifício foi construído perto do rossio onde, em 1444, se fez venda dos primeiros escravos chegados a Lagos, referenciado como Terreiro da Porta da Vila (medieval) nas fontes coevas.
Lagos e a Escravatura - Entre o século XV e finais do século XIX, o comércio de escravos é um enorme negócio em que participam inicialmente os países europeus: Portugal, Flandres, Inglaterra, França, Espanha, Holanda, Alemanha, Dinamarca, e depois os novos estados americanos: EUA, Brasil, etc. A escravatura moderna tem como data simbólica 1415, ano em que os portugueses conquistaram Ceuta. Os primeiros negros foram trazidos da Mauritânia em 1441 por Antão Gonçalves, fazendo com que três anos depois várias caravelas algarvias se tivessem lançado para a costa africana em busca de escravos. Na década de 1450 afluía a Portugal uma média de 700-800 escravos por ano, que depois eram quase todos canalizados para a Europa, via Lagos e Lisboa. Parte deles eram obtidos em incursões no interior de África, outra parte era comprada a traficantes muçulmanos. Todo este comércio português de escravos atraiu para Lisboa e Lagos comerciantes de outros reinos ibéricos, da Itália e do Norte da Europa, tal era a sua importância económica e os lucros que se obtinham. Em Portugal o número de escravos era considerável mas nunca terá ultrapassado a percentagem de 5-7% da população portuguesa durante os séculos XV e XVI. No século XV os portugueses dominam este negócio, mas a partir do século XVI concorrem com outras potências europeias. No século XVII, toda a África, tanto na costa ocidental como oriental torna-se num imenso campo para a captura de escravos.
Escravos núcleo aspectos (2)