Convento da Trindade
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Ruínas do Convento da Trindade
Foto de: Francisco Castelo / Câmara Municipal de Lagos
«No Século XVI, pessoas das mais diversas origens cruzaram-se ou estabeleceram- se em Lagos. Foi o que aconteceu com alguns nobres Sicilianos (de Messina) e outras gentes vindas de Milão e de Génova. Em 1553, estes estrangeiros fundaram no actual Rossio da Trindade a Igreja de Nossa Senhora do Porto Salvo e deram origem a uma Irmandade que acolheu, também, gentes de Valência e da Catalunha. Aconteceu, entretanto, que os religiosos da Ordem da Trindade (mais conhecidos por Trinos) intentaram construir no local – então Rossio de São Brás, por ali se situar a Igreja dessa invocação – um convento, contando com o apoio do Bispo D. Fernando Martins Mascarenhas (Bispo do Algarve entre 1594-1616), que para tal escreveu à Câmara de Lagos em 7 de Março de 1597. Após um conflito de interesses com a Irmandade, as duas partes entraram em acordo, no dia 27 de Julho de 1600, num acto em que estiveram presentes o Governador do Reino do Algarve, Rui Lourenço de Távora, e Rodrigo Rebelo Falcão, Escrivão das Almadravas. Por esse acordo, a Irmandade fez cedência da igreja aos religiosos Trinitários, que assumiram o compromisso de continuarem a realizar os serviços religiosos e fúnebres que até ali tinham decorrido naquele templo. E assim se instalou em Lagos, em 1605, a Ordem da Santíssima Trindade, vocacionada para o resgate de cativos. (…)
O Convento da Trindade apresentou uma planta de formato quadrangular, tendo o claustro e o seu poço como centro, em torno dos quais se encontravam diversos corpos (sendo um deles a igreja) com dois pisos. O Terramoto de 1755 destruiu-o.»
VIEIRA DE JESUS A. “O Convento da Trindade”, Revista Nova Costa D’Oiro, ed. Digital, Set. 2020
«O Convento da Trindade, que depois do terramoto foi abandonado pelos frades, encontrava-se à data da extinção das ordens religiosas, a servir de depósito militar do regimento da cidade de Lagos. Ainda no século XIX, o edifício foi reconstruído para servir como hospital de marinha. Porém, em finais desse mesmo século, foi finalmente vendido a um particular, tendo posteriormente sido utilizado como habitação. Já no século XX surge a intenção, não concretizada, de transformar este antigo espaço conventual num equipamento hoteleiro. (…) Situado no alto de uma falésia, mantém ainda uma privilegiada relação com o mar»
MARADO C. A. “Antigos Conventos do Algarve – Um Percurso Pelo Património da Região”, Edições Colibri, 2006