Forte da Meia Praia
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Canon EOS 10D
f/9.5 - 1/500s - ISO 200
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1333x2000
Tirada em:
10/03/2004
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Forte de S. José, ou da Meia Praia
Foto de: Francisco Castelo / Câmara Municipal de Lagos
Forte da Meia Praia - erradamente designado por Forte de S. Roque, pois o seu verdadeiro patrono é S. José -, é uma construção de arquitectura maneirista que obedece às novas características da artilharia. Planta quadrangular com rampa de aceso ao terraço. Integrado na rede de fortalezas costeiras construídas a ocidente e a oriente da cidade de Lagos para conter o assédio constante da costa por parte de piratas e corsários. Hoje situado em pleno areal da Meia Praia – antigamente na foz de uma pequena ribeira, de há muito assoreada – numa zona central da Baía de Lagos, a sua construção remonta à segunda metade do século XVII, revelando uma função de complementaridade em relação ao forte dispositivo militar implantado na cidade de Lagos.
NOTA: Há quem atribua, erradamente, a construção do Forte da Meia Praia ao Conde de Lippe, mas este chegou a Portugal quase um século após a construção do referido forte. O Conde de Lippe chegou a Portugal em 1762, acompanhado por vários oficiais alemães, e assumiu o comando do Exército Português com a patente de Mestre-de-Campo-General. Não se conhece que tenha estado em Lagos e, obviamente, não comandou nenhum regimento de Lagos, como é habitualmente propalado para justificar a homenagem que lhe terá sido prestada pelos lacobrigenses adoptando a denominação de "condelipa" para as conquilhas, bivalves que ainda hoje proliferam nos areais da Maia Praia.
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Classificação como MONUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO
Preâmbulo completo da Portaria 182/2015, publicada em Diário da República a 16 de Março de 2015:
(in SulInformação)
«O Forte de São Roque ou da Meia Praia, estrategicamente implantado na orla costeira, destinado a bater, do lado Leste, a Baía de Lagos e com domínio visual sobre esta, constituía uma das fortificações complementares de defesa da costa algarvia ao longo da Idade Moderna. A sua construção remonta, muito provavelmente, à segunda metade do século XVII, integrando-se no amplo processo de defesa da costa meridional do reino, que levou à edificação de numerosos fortes ao longo de toda a linha marítima do Algarve.
A simplicidade da estrutura de planta quadrangular, com uma bateria voltada ao mar e provida, no lado voltado a noroeste, de dois meios baluartes que resguardam a cortina onde se abre axialmente o portal de acesso à fortaleza, aproxima-se do plano da fortificação da Ponta da Bandeira, em plena praia de Lagos.
Parcialmente reconstruído após os danos provocados pelo terramoto, seguido de maremoto, de 1755, o Forte da Meia Praia desempenhou, até à Guerra Civil entre liberais e absolutistas, importante papel na defesa da baía, tendo sido desartilhado e desguarnecido após a Convenção de Évora Monte, de 1834, e sendo nele, mais tarde, estabelecido um posto da Guarda Fiscal, entretanto desativado.
A classificação do Forte da Meia Praia reflete os critérios constantes do artigo 17.º da Lei 107/2001, de 8 de setembro, relativos ao caráter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística, e à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva».
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